Desde a Idade Moderna, o filósofo Thomas Hobbes já dizia que “o homem é o lobo do homem”, apontando para a influência da rivalidade e da violência em reger os indivíduos na sociedade. No Brasil, esse excerto de Hobbes se reflete bem no mundo futebolístico, não somente entre os jogadores, mas de forma pujante nas arquibancadas. Sem técnicos e juízes para controlar os ânimos e exercer a ordem, as agressões entre torcedores rivais se tornam extremamente perigosas, direcionando a responsabilidade em contê-las para os donos dos estádios. Durante o período que o Império Romano vigorava, um grande contingente de pessoas se divertiam indo para o Coliseu a fim de ver pessoas morrerem queimadas e trucidadas por leões, ou presenciar gladiadores lutando até a morte. Aparentemente, esses comportamentos se refletiam desde o período Neolítico, e a partir dessa visão que filósofos como Maquiavel, Hobbes e Burke demostram um olhar crítico sobre a harmonia em certas relações na sociedade. Por conseguinte, é imprescindível que haja uma maior preocupação com a segurança nas partidas de futebol – especialmente em jogos entre times rivais. Diante da euforia que acomete esse esporte e da suscetibilidade do ser humano a ser violento em certas ocasiões; cobrar participação ativa dos clubes em garantir uma estrutura adequada nos estádios e impedir a ida de torcidas organizadas aos jogos se faz essencial. Exposta a problemática sobre a violência nos estádios de futebol, torna-se necessário que o Ministério do Esporte em parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) cobre a efetivação de políticas de segurança nos estádios, com número adequado de policiais e seguranças, e o banimento dos jogos de indivíduos que desrespeitaram a ordem ou praticaram atos ilícitos. Assim, o clima de tranquilidade e harmonia pode se fortalecer nesses ambientes.