Dentro de campo o futebol brasileiro é um dos mais bem conceituados em todo o mundo. Fora das quatro linhas, no entanto, com a cultura de violência e intolerância do povo brasileiro e com leis que não são totalmente efetivas, o país carrega consigo o símbolo de um dos mais violentos dentro dos estádios de futebol. Em primeiro plano, o Brasil é um país violento em todos os sentidos, pois, possui índices negativos com relação a violência doméstica, no trânsito e etc. Com isso, a cultura violenta do brasileiro reflete, também, dentro dos estádios, confirmando a tese de Thomas Hobbes que a sociedade é uma “luta de todos contra todos”, no caso uma torcida, na maioria das vezes, contra a outra. Ademais, diante do grave quadro de violência dentro dos estádios, foram criados ou aperfeiçoados alguns modelos de coibição da violência, como exemplos o aumento do número de câmeras e, em alguns estádios, o sistema de monitoramento por biométria, porém, os resultados ainda são insuficientes, uma vez que, muitos “brigões” são identificados e autuados, mas, logo em seguida, em muitos casos, eles são liberados e voltam a reincidir na prática criminosa. Diante disso, é preciso mudar o comportamento intolerante do brasileiro. Para isso, de acordo com Hellen Keller, a educação é primordial para levar o indivíduo a um grau de racionalidade maior. Dessa forma, o Ministério da Educação juntamente com o Ministério dos Esportes, têm que levar até as escolas, associações de trabalhadores e universidades a educação necessária para um processo de socialização amplo e completo. Além disso, as leis que vigoram no país com relação à violência nos estádios ainda são frágeis e pouco efetivas, o que alerta, então, para que o poder Legislativo do Brasil reveja e crie alguns mecanismos de contenção à violência.