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Redação sem título.

Tema de redação: As causas da violência nos estádios de futebol

Redação enviada em 06/10/2017

Um dos patrimônios brasileiros, apreciado tanto dentro como fora do país, vem dos gramados: o futebol-arte, o esporte mais difundido na cultura do Brasil. O problema reside no fato de que essa paixão nacional vem se atrelando cada vez mais a casos de agressão, tornando-o calamidade pública. Dentre os fatores geradores dessas atrocidades destacam-se a naturalização da violência e o fanatismo aflorado. Ao minimizar um ato violento, abre-se uma porta para ocorrência de violências maiores. Desde a infância o indivíduo é induzido a escolher um time e tratar como rival aqueles que não fazem parte desse grupo seleto. Palmeirenses são "porcos", são paulinos são "bambis" e corinthianos são "favelados". Mesmo tratados como brincadeira, são ataques verbais corriqueiros e naturalizados - o que não os impede de ser um gatilho para um torcedor com ânimo a flor da pele. Dizer que torce para um time específico traz à maioria dos brasileiros uma sensação de pertencimento equivalente ao sentimento de nação, o que, em estado de rivalidade, pode levar o indivíduo a crimes passionais. Segundo reportagem de um cientista social na EBC, o Brasil é campeão em número de mortes por conflitos em torcidas organizadas, logo, medidas urgentes são imprescindíveis para que o Homem não mais seja o lobo do Homem. A conscientização do convívio em sociedade tem de vir desde cedo e uma forma de pô-la em prática é a realização de microcosmos imposta pelo Ministério da Educação desde o jardim da infância: uma simulação de eventos rotineiros, como a ida a estádios, na qual os professores ensinam às crianças o comportamento que lhes é esperado. Soma-se isso a campanhas governamentais com parceria da Fifa que mostrem as consequências de atos agressivos, tais como o caso de Paulo Ricardo, morto após ser atingido por um vaso sanitário, momentos antes de iniciada a partida. Mas nem tudo é sobre prevenção, a remediação também faz-se necessária. O Grupamento Especial de Policiamento em Estádios deve ser obrigatório para todos os estados - visto promissor resultado que proporcionou ao Rio de Janeiro - e um melhor treinamento e qualificação lhes deve ser oferecido. Afinal, os esforços contra hostilidades devem abranger todos os âmbitos para evitar que mais uma riqueza brasileira seja levada embora.