O fato de que, ainda nos tempos atuais, pessoas morrem devido a conflitos relativos ao futebol escandaliza a opinião pública. Afinal, porque uma simples reunião de pessoas — com fins até então esportivos — seria ponto de partida para agressões e mortes? A sociedade brasileira, desde os seus primórdios, nutre uma cultura machista. Associando a competitividade dos homens criados pelo sistema ao alcoolismo, por exemplo, podem ocorrer consequências desastrosas. Um exemplo disso é um acontecimento em um bar da Polônia, onde, durante uma disputa de masculinidade, um dos amigos cortou a própria cabeça com uma serra elétrica. Outro fator que colabora para a violência nos estádios é a lentidão dos processos na justiça. Delitos podem levar meses para serem julgados, e muitas vezes há dificuldade em discernir os culpados por conta da multidão. Nisso, os agressores continuam frequentando jogos, podendo gerar mais vítimas. A competição entre os torcedores deve ocorrer de forma saudável. Como dizia Jean-Paul Sartre: “A violência, não importa a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota. ” Portanto, é necessário que o governo solicite policiais capacitados para evitar confrontos nos estádios, e é responsabilidade dos times dos infratores cobrar o andamento dos processos contra eles. Se nada disso funcionar, os estádios devem proibir bebidas alcoólicas, para assim evitar comportamentos irracionais e garantir a segurança de quem só quer assistir à partida.