A partir da segunda metade do século XX, iniciou-se uma das principais causas da violência em estádios, a torcida organizada. Nessa época, no Reino Unido, um movimento chamado "hooligans" ganhou força, no qual consistia em brigas entre clubistas fanáticos. Nesse contexto, a violência os estádios brasileiros são impulsionados pela impunidade e defasagem da segurança. Com a alta demanda de vigilância que requer um jogo de futebol, os estádios carecem de policiamento especializado na repressão contra confrontos generalizados nos jogos. Ao mesmo tempo, a legislação, no Estatuto do Torcedor, prevê pena branda para quem tumultuar nos estádios, tipificando no Código Penal somente em casos graves, como lesões ou homicídios. Além disso, as torcidas organizadas são auxiliadas financeiramente pelo clube a elas vinculado, sendo, em alguns casos, incitados pela direção a praticarem violência contra seus rivais, gerando grave risco para as pessoas que vão aos estádios por lazer. Por outro lado, a crença das pessoas de que o seu adversário é um inimigo cultiva o violência nos jogos. Portanto, a consideração de que seu time de futebol é uma religião tem contribuído para a violência nos estádios. Os governos Federal, Estaduais e Municipais devem criar uma polícia específica no combate aos confrontos nos estádios, e, ao mesmo tempo, inserir no Estatuto do Torcedor penais mais severas para os envolvidos, como o banimento dos estádios. Além disso, os times de futebol, em conjunto com o Ministério da Educação, devem organizar campanhas nas redes sociais e na TV sobre a desconsideração dos times como uma religião.