Título da redação:

Na trave do respeito

Tema de redação: As causas da violência nos estádios de futebol

Redação enviada em 09/10/2017

Na Roma antiga era comum o uso do coliseu para incitar a violência como forma de esporte. Consoante a isso, vê-se os estádios brasileiros de futebol do século XXI. No entanto, a imagem propagada do esporte é a competição. Desse modo, distancia-se da realidade, haja vista o uso dos jogos como válvula de escape das dificuldades, bem como a sensação de liberdade propiciada pela impunidade comungam para a manutenção desta problemática. Em primeira instância, o comportamento de alguns torcedores nos estádios tem total influência do meio social. Nesse aspecto, permeia a mudança de atitudes de acordo com o ambiente, visto que o conjunto de torcedores repletos de ódio dissipam o sentimento para os outros. De fato, Vygotsky, psicólogo bielorrusso, afirmou: “o comportamento do homem é formado por peculiaridades e condições sociais do seu crescimento”. Em tal tocante, é nítido que a desigualdade social somada a diversos intempéries da classe baixa, como a educação deficitária, sobretudo, ditam a forma de alguns torcedores se portarem nos jogos, de modo que uma competição sadia passa a ser um conflito generalizado. Ademais, a visão do estádio como terra sem lei é fator determinante nos atos negativos. Sob esse viés, como na maioria das vezes os crimes são impunes parece a oportunidade perfeita para praticá-los. Em verdade, apenas três porcento dos crimes cometidos nos estádios são punidos, segundo o sociólogo Maurício Murad. Acresce ainda mencionar, que são necessárias leis para controlar essa liberdade. Nesta perspectiva, Thomas Hobbes, filósofo inglês, ratificou na teoria do “contrato social “ como é imprescindível a presença de leis que regulamentem a liberdade para não gerar um estado de violência. Por conseguinte, é totalmente aplicável aos estádios estabelecer uma jurisdição interna e direcionada ao problema. Sendo assim, diversos contextos acarretam a violência no futebol. Então, para solucioná-la faz-se, imperioso, portanto, que o MEC, por meio de palestras educacionais nas escolas que ensinem como se portar durante os jogos, diminua o comportamento exagerado dos torcedores, com o fito de entenderem o futebol como um esporte sem selvageria. Além disso, é de suma importância que o Ministério da justiça difunda leis específicas para os crimes dentro dos estádios, mediante acordos estabelecidos entre os times de futebol e as jurisdições locais, no intuito de punir os infratores e consequentemente amedrontar outros possíveis delinquentes. Dessa forma, quem sabe os estádios não sejam coliseus romanos do século XXI.