O futebol surgiu no início do século vinte com os ingleses e logo se difundiu entre a maioria dos países. A partir disso a modalidade passou a ser um dos esportes mais envolventes, do ponto de vista emocional, entre os participantes diretos (jogadores) e indiretos (torcedores), principalmente em função do grande respaldo midiático que adquiriu. Mas, lamentavelmente, nos últimos anos a rivalidade em alguns campos de futebol do Brasil tem ido além “das quatro linhas” e com isso, a violência e até mesmo a morte estão subindo nas tabelas. Gestos de violência são recorrentes, de longa data e, se mantém, sobretudo, pela ausência de um policiamento especializado e em quantidade adequada ao número de público estimado. Além do mais, “empolgados” pelo “calor da partida”, tem sido frequente nos jogos, as violência verbais contra os jogadores de cor negra. Nesses casos, torcedores desprovidos de “fair play”, têm cometido injuria racial contra os jogadores negros do time oponente, no afã de desconcentrá-los e tirá-los do fóco. Situação essa, totalmente inaceitável e reveladora de uma personalidade ignorante e descontrolada. As torcidas (des) organizadas são as principais responsáveis pela fomentação de brigas e atrocidades nos jogos. Falando nisso, recentemente, durante um jogo do Sport em Pernambuco, ocorreu um dos episódios mais extremos: um torcedor do Sport, Paulo Ricardo Gomes, de 26 anos, morreu depois de receber uma pancada de um vaso sanitário que foi arremessado por torcedores rivais. É inaceitável que, em um lugar como os estádios, destinado ao lazer e entretenimento familiar, ocorra certos tipos de barbáries que vem, recorrentemente, “roubando a cena” dos próprios jogos nos noticiários. Portanto, sabendo que nos jogos de maior repercussão, os chamados “clássicos”, os ânimos ficam mais acirrados, é necessário que os Governos Estaduais reforcem o policiamento e tenha também uma Polícia especializada para agir de forma efetiva e preventiva. Além disso, o Ministério da Justiça e da Segurança Pública devem promover campanhas educativas com o objetivo de conscientizar os torcedores, assim como, aplicar punições mais rigorosas, como impedir o infrator, caso este não seja preso, de frequentar os estádios durante o período de um a dois anos, dependendo da gravidade do ato.