A violência praticada entre torcedores nos estádios de futebol e arredores sempre foi alvo de polêmicas e extensa cobertura midiática. Esse lamentável comportamento gera indignação popular, pois é de difícil compreensão a prática de atos violentos como esses por maiores de idade num ambiente – teoricamente - de lazer. Percebe-se que a falta de amor e de respeito ao próximo são os maiores combustíveis desse triste cenário dos campos brasileiros. Com as famílias cada vez mais distantes dos estádios, esses locais se transformaram em arenas, onde torcedores se digladiam baseados no falso sentimento de torcida e amor aos times, porque é evidente que o real desejo consiste em praticar atos de violência e crueldade contra seus semelhantes. Num universo onde adversários se transformam em inimigos, o machismo, o racismo e a ignorância permeiam ofensas que também são projetadas contra jogadores, arbitragem, equipe técnica e policiais. Mesmo com uma extensa cobertura da mídia – que insiste em exibir imagens sangrentas na televisão de ataques contra torcedores – é muito difícil punir os responsáveis pelas brigas, tendo em vista a dificuldade de se identificar os responsáveis em confusões generalizadas. Além disso, a falta de preparo do policiamento, bem como o baixo efetivo nos estádios, facilita a ocorrência desses atos violentos. Nesse contexto, sofrem as vítimas que sempre são atacadas por grupos de maneira covarde e sem chance de defesa, resultando em aleijamentos e morte. Portanto, para dirimir esse triste cenário do futebol brasileiro, é urgente a instalação de novas políticas para os estádios visando a reduzir as mortes e os atos de vandalismo. A adoção de torcida única em dias de jogos relevantes, bem como a continuidade da proibição da venda de bebidas alcoólicas nos estádios e arredores, contribuirão para não fomentar conflitos. Também é imprescindível o aumento de efetivo policial com maior preparo para lidar com confusões em grande porte, buscando a punição dos responsáveis em caso de contendas. Somente com ações assertivas como as supracitadas será possível o retorno das famílias aos campos, tornando o futebol novamente um local seguro e de alegrias.