De acordo com Patrick Harry, ex-governador do Estado da Virginia dos EUA do século XVIII, a sociedade, tende a fechar os olhos diante de uma verdade dolorosa. Nessa perspectiva, a violência nos estádios de futebol no Brasil, estão enraizadas na cultura e nos valores organizacionais da sociedade brasileira. Logo, as consequências se deslocam em várias vertentes, porém os danos à saúde e a economia, afetam a sociedade em geral. Segundo o filósofo Foucault, a educação varia de povo para povo, e de época para época. Sob tal logica, os estádios se tornarão o ambiente de doutrinação e identidade para o gênero masculino hodierno, pois a primeira lição ensinada pelas famílias a uma criança de qualquer gênero, é que o futebol, foi criado por homens e que estes, tem a obrigação de gostar do esporte, ademais, o meio onde vivem também caracterizará se estes indivíduos terão ou não tendências violentas. Assim sendo, a conjuntura de fatores como, as instituições familiares e o ambiente, são os pontos determinantes para a ocorrência de violência nos estádios. No livro ´A banalização do sofrimento` da escritora Susan Strong, retrata a perda de sensibilidade ao sofrimento de outros indivíduos. Por esse ângulo, a luta entre torcidas, que usam a força física e outros materiais para causas o maior dano possível, banalizam o sofrimento, ademais, as consequências variam entre o óbito, e a sequelas que são, traumatismo craniano, mutilação corporal, transtornos psicológicos e entre outros, tornando o indivíduo, às vezes, incapacitado de trabalhar, um grave problema para a economia, que vê um acréscimo aos gastos para o sistema público. Portanto, a violência é uma banalização ao sofrimento, não somente a vítima, mais também ao corpo social. É axiomático que a violência nos estádios é uma chaga social, causando danos em larga escala. Vista disso, cabe ao Poder Legislativo, a criação de projetos de leis para tipificação de tais atos como hediondos, pois assim inibirá esse tipo ocorrência. Além disso, o Ministério do Esporte em conjunto com o Ministério da Comunicação, deve promover campanhas de tolerância e respeito a diversidade de opinião, com a finalidade de conscientizar e sensibilizar os torcedores.