Título da redação:

A mazela do futebol brasileiro

Tema de redação: As causas da violência nos estádios de futebol

Redação enviada em 09/10/2017

Era para ser apenas mais uma partida do clássico Palmeiras e Corinthians pelo Campeonato brasileiro. No estádio alviverde a torcida era unicamente do Palmeiras, entretanto as ruas estavam cheias de ambos os torcedores, e foi em uma dessas ruas que, após a vitória alviverde, um torcedor perdeu a vida. Dados revelados pelo Estadão ainda no ano de 2017, mostraram que São Paulo é tida como a capital menos violenta do Brasil, entretanto é o estado com maior número de conflitos entre torcidas, de acordo com a pesquisa do sociólogo Murad. Deixando para trás o estado com maior número de torcedores em âmbito nacional, o Rio de Janeiro. Os motivos por detrás de tamanhas atrocidades deixam claro que já não se existe apenas uma rivalidade saudável entre equipes em busca da vitória. Passou a ser crime, passou a trazer dor e sofrimento. Isso não é apenas um demonstrativo da falta de respeito, mas também da incapacidade de convivência entre torcedores de times opostos. Outro fato que nos permite explicar, mas não justificar tais atos é o próprio reflexo do contexto geral da violência no país, não somos apenas um dos vinte países mais violentos do mundo, mas também somos os campeões de assassinatos de torcedores por conta de torcidas organizadas. O torcedor alviverde que foi esfaqueado em São Paulo após o jogo poderia ter escapado se houvesse, como já há no Rio de Janeiro, uma polícia direcionada para tais eventos. O GEPE é o Grupamento Especial de Policiamento de Estádios e tem a função de proteção não apenas dentro das instalações, mas em seu entorno. A inserção desse grupo em todas as grandes capitais é uma necessidade perante há tantas vítimas que sofrem do fanatismo e descontrole de outros. Esse grupo deve ser controlado e observado pelo SENASP (Secretaria Nacional de Segurança Pública), tendo em vista que diferentemente do passado, as torcidas necessitam de uma força maior para não infringirem a lei e o espaço do outro, permitindo assim o direito de livre devoção pelo seu time.