O livro “Uma breve história do mundo”, de Geoffrey Blainey, inicia contando os primeiros passos incertos que os hominídeos da época deram sobre a superfície terrestre. O princípio da evolução humana é retratado por Geoffrey como uma aventura de descobertas a serem feitas: a natureza controlava a vida. Com o passar do tempo, no entanto, o conhecimento acerca de tudo e o avanço na tecnologia fez com que o homem acreditasse que pode controlar a natureza; a realidade, todavia, não é essa. A personagem Mafalda, conhecida por sua personalidade crítica, diz que na sua casa tem alguém muito doente. Quando o leitor descobre quem é, se surpreende: ela se referia a um globo terrestre. De fato, o mundo está enfraquecido. A estrutura da natureza mundial está desestabilizada com poluentes lançados pela queima de combustíveis fósseis, pela arenização de solos férteis, pelo uso em larga escala de agrotóxicos. Os prejuízos não ficam apenas em macroescala. O uso de agrotóxico não prejudica somente o solo e as águas, mas também a toda população. Criam-se modificações genéticas – os transgênicos – e venenos para melhorar a distribuição de comida mundial – o que não acontece -, enquanto o legado que essas atitudes deixam são indefinidos ou mal analisados. Para melhorar a saúde do mundo, todos devem agir em conjunto. A começar pela simples ação de separação de lixo dentro de casa para facilitar a reciclagem; a cidade e os Estados devem efetivar essa reciclagem e o recolhimento correto do lixo, além de fazerem campanhas de plantio de árvores nativas; na macroescala, os países devem se juntar e realmente cumprir a promessa de reduzir a emissão de gases poluentes – como foi o combinado em 1997, no Protocolo de Kyoto, que não atingiu a meta. Com isso, pode-se deixar a melhor herança para o futuro: o exemplo de preservação.