A dimensão capitalista da sociedade contemporânea em ganhado contornos que extrapolam a saúde do planeta e da sociedade. Nessa perspectiva, o homem moderno tende a favorecer o consumo inconsciente, em detrimento da sustentabilidade, ao utilizar recursos naturais de forma indiscriminada e devolver à natureza os resíduos da irracionalidade pós-moderna. Não obstante aos danos causados, há a manutenção de uma sociedade debilitada, caracterizada por um estilo de vida que marginaliza os valores que prezam pelo bem-estar social. O pós-modernismo, marcado pelo ápice capitalista, trouxe consigo a necessidade crescente de consumir. Nesse sentido, as atividades humanas que se associam à degradação ambiental estão atreladas ao incessante desejo de prosperidade econômica, que leva os indivíduos a estabelecer condutas errôneas. A exemplo dessa premissa, tem-se o desmatamento para obtenção de matéria-prima e a poluição aquática, devido aos resíduos industriais. A liquidez da sociedade contemporânea, proposta por Zigmunt Bauman, não permite que haja proteção da realidade futura pois as relações que se estabelecem atualmente são marcadas pela superficialidade e inconsistência. Nessa vertente, a geração atual deixa para seus descendentes uma sociedade condenada aos males do egocentrismo. É imprescindível portanto, a compreensão de que os prejuízos causados pelo homem moderno compõem distorções sócio-ambientais. Sob essa ótica, a mudança social perpassa a reestruturação do padrão de vida pós-moderno e a reconsideração dos valores que modelam as condutas sociais. Diante dessa ideia, Nelson Mandela afirma que, a regeneração da sociedade deve considerar, primordialmente a transformação de cada indivíduo a fim de obter a "metamorfose" coletiva.