O advento das revoluções industriais trouxe para o planeta grandes consequências. Adam Smith –defensor dessas revoluções e teórico do liberalismo econômico- teorizou que a industrialização e o mercado seriam regidos por uma “mão invisível” e, por conseguinte, não necessitariam de regulamentação. Hoje, malgrado os benefícios da automatização da produção, a mão invisível se mostrou incapaz de controlar a ganância e o individualismo humano deixando para as gerações posteriores uma trágica herança. Logo, caso não haja uma mudança brusca no sistema econômico mundial, as ações humanas atuais irão impedir a perpetuação da vida na Terra. Ademais, o próprio conceito de sustentabilidade vai de contra ao ideal do liberalismo econômico. Afinal, a sustentabilidade busca suprir as necessidades do ser humano, mas sem comprometer o futuro das próximas gerações, enquanto no liberalismo, o único objetivo é o lucro. Aliado a isso, a incapacidade do governo de enfrentar o interesse econômico mantém a destruição do meio ambiente, como visto no desastre do Rio Doce ocorrido em 2015 no estado de Minas Gerais. Porém, não obstante as agressões já feitas ao nosso planeta, ainda é possível modificar essa situação. No entanto, faz-se necessário renunciar do individualismo e da ambição desenfreada que permeia a humanidade. Pois, assim como afirmou Gandhi “a natureza pode suprir todas as necessidades do homem, menos a sua ganância”. Sendo assim, ONGs e a sociedade civil deveriam pressionar os legisladores para que o Congresso Nacional possa criar uma lei que proteja de verdade o meio ambiente e puna os infratores, independentemente do interesse econômico. Como também, o Ministério do Meio Ambiente precisaria difundir campanhas publicitárias incentivando os cidadãos a adotarem atitudes sustentáveis. Já a nível mundial, a Organização das Nações Unidas teria que coagir as grandes potências a transformarem seu modo de produção, utilizando, caso necessário, sanções diplomáticas. Por fim, a máxima de Pitágoras: “educai as crianças para que não seja necessário punir os adultos” explicita que projetos pedagógicos visando desenvolver nos alunos conceitos de proteção ao meio ambiente e diminuição do consumismo seriam a base para que deixássemos para as gerações posteriores um planeta livre dos problemas ambientais que hoje ameaçam destruí-lo.