Título da redação:

Interromper ou perpetua?

Tema de redação: As ações humanas atuais e a herança para o futuro

Redação enviada em 30/06/2016

O filósofo e matemático Zenão define como paradoxo quando o resultado nega o pressuposto. Ao pensarmos na dicotomia da relação do desenvolvimento industrial/tecnológico e meio ambiente, fica evidente a tese do pensador pré-socrático. O mundo contemporâneo tal como é hoje, é a herança deixada por um passado repleto de transformações, como por exemplo, o motor a vapor que culminou no que os geógrafos e historiadores denominaram Revolução Industrial. É sabido que a qualidade de vida das pessoas na época pós revolução teve significativa melhora. Ademais, contribui também para o aparecimento de problemas ambientais que apareceram séculos depois, no qual o mais conhecido é o buraco na camada de ozônio. No ano de 1997 foi proposto pela ONU um acordo internacional que regulamentava a emissão de gases na atmosfera, com o intuito de amenizar a poluição mundial, conhecido como Tratado de Quioto. A visão capitalista e a busca desenfreada e sem escrúpulos por lucros fizeram com que EUA e China não ratificassem o referido Tratado. Países estes com alto potencial de desenvolvimento e, por conseguinte grandes emissores de gases na atmosfera. Dessa forma, nossas ações também terão consequências futuras. A questão é se vamos perpetua a mentalidade iniciada com a Revolução Industrial ou vamos interrompê-la e apresentar em contrapartida uma visão voltada para o desenvolvimento sustentável, ou seja, deixar para gerações futuras um planeta habitável. Portanto, para interromper esse processo é preciso que organizações internacionais e nacionais, como a ONU e o Ministério Público respectivamente adotem medidas coercitivas com o intuito de educar forçadamente os países, empresas e indivíduos. Por meio de tratados como o de Quito, leis ambientais e ações judiciais contra quem agredir o meio ambiente, que é essencial à vida.