Título da redação:

A necessidade da prática altruísta

Tema de redação: As ações humanas atuais e a herança para o futuro

Redação enviada em 02/09/2016

A evolução do ser humano tornou-o capaz de manipular e entender a natureza de forma vantajosa para sua sobrevivência como nenhum outro ser vivo foi capaz. O potencial para destruí-la existe, assim como o de mantê-la, no entanto, o que falta à humanidade contemporânea é a empatia e altruísmo pelas gerações futuras. Sem o devido empenho na proteção dos recursos naturais e da homeostase da vida, as próximas gerações poderão não ter essa capacidade de reverter a situação crítica pela qual se tem passado. A solução para o problema de conciliação entre progresso e natureza foi apresentada na primeira conferência da ONU sobre o meio ambiente, com nome de sustentabilidade. A falta de altruísmo mostra-se em diversas ações e práticas, de diferentes níveis de impacto. Por exemplo, chocou o mundo quando os EUA negaram-se a ratificar o Protocolo de Quioto, alegando que iria prejudicar a economia interna, indo contra tudo que foi discutido em conferências internacionais sobre meio ambiente anteriores a esse acontecimento. No entanto, as falhas do ser humano também estão presentes nos pequenos detalhes do dia a dia, como o consumo de água exagerado no Brasil, enquanto regiões do Oriente Médio sofrem com a escassez desse recurso. O sentido da sustentabilidade está em manter o progresso econômico em conjunto com a preservação da natureza e da humanidade. O Brasil é um país com forte discurso sustentável, contudo, recentes acontecimentos como o desastre de Mariana e a destruição de habitats naturais para a construção de hidrelétricas que, embora sejam consideradas uma forma limpa de energia, o alagamento de vastas regiões florestais resulta na liberação de grandes quantidades de metano, um gás estufa pior do que o dióxido de carbono. Tais acontecimentos trazem a dúvida de se esse é realmente um país que deve ser visto como um exemplo internacional de sustentabilidade. Diante dos fatos apresentados, é preciso fortes campanhas conscientizadoras por parte da mídia que alertem a população sobre a situação atual mundial e as expectativas para o futuro, além de condenar a cultura consumista da modernidade. O Ministério do meio ambiente deve estimular a criação de mais fontes de energia alternativas, como a energia solar, biocombustíveis ou mesmo o uso de metano liberado em aterros sanitários. É importante também que o Ministério da Educação incentive fortes políticas e ensinamentos sustentáveis nas escolas, para que os jovens desde cedo se acostumem com práticas ambientalistas.