Não é novidade que a realidade do sistema logístico brasileiro enfrenta grandes problemas. Um dos principais fatores que contribuem para essa situação de caos é o transporte rodoviário, de longe o meio mais utilizado atualmente. Levando em consideração o agronegócio, setor que mais movimenta a economia brasileira, e que mais depende do transporte, é preciso revolucionar os meios utilizados. Atualmente, 67% da safra brasileira é escoada por meio de transporte rodoviário, segundo estudo realizado pela Revista AgrowNegócio. Esse modelo, além de defasado, contribui para a má qualidade das estradas pelo excesso de peso transportado nos caminhões, resultando ainda no risco de acidentes dos usuários dessas pistas. Além disso, a relação de custo-benefício e tempo no transporte são gargalos relevantes, tendo em vista que o consumidor final também é prejudicado. A título de comparação, os custos com transporte no Brasil é quatro vezes maior que na Argentina e Estados Unidos, de acordo com levantamento feito pela CNA - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. Esses países, diferente do Brasil, não são dependentes do modelo rodoviário, adotando outros meios, tais como o transporte ferroviário e hidroviário, os quais são mais econômicos, rápidos e com maior capacidade de transporte. Logo, para que o cenário do sistema logístico nacional seja mudado, faz-se necessária a atuação do Ministério dos Transportes, promovendo a construção de ferrovias que ligam todas as regiões do país e também na modernização dos portos. Do outro lado, o Governo Federal precisa diminuir as tributações abusivas, garantindo incentivos ao setor. Assim, com infraestrutura de ponta e apoio federal, o Brasil caminhará a passos largos para um futuro que já é realidade em diversos países.