Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Alternativas para o escoamento de produtos no Brasil

Redação enviada em 28/09/2018

Durante o governo de Juscelino Kubitschek, não só houve investimento massivo na estruturação do sistema rodoviário, como também ocorreu sucateamento intenso da malha ferroviária e da rede hidroviária existentes. Nesse âmbito, a distribuição de produtos brasileiros limitou-se, principalmente, ao setor automobilístico. Atualmente, a dependência das estradas e a precariedade da logística de transportes acarretam não só redução da lucratividade e competitividade do agronegócio, mas também prejudica o escoamento e a circulação das mercadorias nacionais. Primeiramente, as dimensões territoriais do país são incompatíveis com a priorização do transporte rodoviário. Nesse contexto, a necessidade de percorrer longas distâncias contribui diretamente para a diminuição do lucro do setor primário, visto que há maior gasto com o consumo de combustível e também existe grande possibilidade de perdas de cargas devido a acidentes, furtos e durabilidade do deslocamento. Assim, o alto custo do escoamento é repassado para o produto final, por conseguinte, o consumidor brasileiro é afetado economicamente e a competitividade da exportação no mercado internacional é prejudicada. Outrossim, a concentração de infraestrutura no centro-sul dificulta a escoação da produção da nova fronteira agrícola. Ademais, o descaso estatal na manutenção e conservação dos eixos rodoviários corrobora para a perpetuação da problemática. A precarização das estradas é perceptível por meio da existência de trechos não-duplicados, mal iluminados e com pavimentação desgastada ou ausente. Desse modo, a qualidade de vida dos motoristas e a eficiência do deslocamento de cargas são afetadas negativamente. Além disso, o ínfimo investimento na diversificação e interligação de modais de transportes evidência a negligência logística. Apesar do problema resultar na redução do produto interno bruto, a construção e revitalização de hidrovias e ferrovias possuem pouca expressividade no território. É preciso, pois, procurar alternativas para o escoamento de produtos no Brasil. O Ministério do Transporte deve, por meio de parcerias com empresas privadas, investir na manutenção e modernização das estradas brasileiras com o fito de dinamizar o escoamento pelas diversas vias rodoviárias. Por outro lado, deve não só intensificar a construção de portos com o fito de reduzir a sub-utilização do potencial hidrográfico natural, bem como revitalizar e aumentar a malha ferroviária com o intuito de criar a estrutura para o transporte eficiente a longas distâncias e, consequentemente, interligar as regiões produtivas.