O Brasil possui 8.516.000 km de extensão e é um dos maiores exportadores de commodities do mundo. Portanto, para que a base econômica do país seja estável é necessário que o escoamento de mercadorias ocorra de forma rápida e barata, beneficiando os produtores e compradores. Contudo, tal realidade não é testemunhada na contemporaneidade e constitui um dos grandes empecilhos para o crescimento econômico do país. Em primeira instância, a ausência de intermodalidade nos meios de transporte de carga é um dos principais fatores que contribui com a morosidade desse processo. Devido ao extenso território nacional e aos seis biomas distribuídos pelo país é possível usufruir de diversos modais de transporte, tais como o ferroviário e hidroviário, entretanto, por causa do baixo custo de construção e manutenção o uso do modal rodoviário prevalece. Apesar disso, muitas rodovias possuem problemas estruturais e falta de segurança que comprometem o trabalhador e a carga transportada. Além disso, a alta carga tributária e o custo de escoamento de mercadorias são vetores contrários ao crescimento econômico. De acordo com o OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) 33,4% da economia brasileira é de taxas e impostos, esse fato somado aos custos de transporte rodoviário – manutenção dos automóveis, gasto com combustíveis caros, perca de mercadorias – comprometem o avanço do agronegócio no Brasil. Nesse sentido, vê-se que além de os consumidores obterem sua mercadoria em longos prazos o custo acaba sendo maior. Diante dos fatos mencionados, alternativas são necessárias para o escoamento de produtos no país para beneficiar produtores e compradores e assim alavancar a economia nacional. Logo, como plano de ação de curto prazo o Poder Público deve privatizar as rodovias que se encontram em condições precárias, a fim de que com os pedágios as empresas encarregadas possam certificar uma boa estrutura e seguranças aos veículos. Ademais, como medida a longo prazo o mesmo deve promover a intermodelidade no transporte de carga, por meio de construções de ferrovias e hidrovias utilizando o capital arrecadado das altas taxas tributárias com subsídio e assim investir em alternativas para melhorar o escoamento de produtos no Brasil.