Desabastecimento de alimentos, postos de gasolina, hospitais e de transporte público. Esse foi o cenário brasileiro durante a greve dos caminhoneiros em junho de 2018, que mostrou a fragilidade de nossa matriz de transporte. Dado isso, investir em malhas de outros modais e incentivar a participação da iniciativa privada são essenciais para ampliar as alternativas de escoamento de mercadorias brasileiras. Para melhorar a eficiência de transporte do Brasil, é necessário desconstruir a dependência rodoviária histórica em meados do século XX. A política de Juscelino Kubitschek de atrair multinacionais automobilística fez com que o governo se comprometesse a construir rodovias. O resultado dessas medidas foram nocivas ao país, pois monopolizou nossa logística em estradas dependentes de combustíveis derivados de petróleo. Como exemplo disso, pode-se citar a greve dos caminhoneiros deste ano. A alta nos preços internacionais do petróleo tornou o frete desses trabalhadores insustentável, acarretando em greve geral que levou o país ao colapso. Sendo assim, é notória a necessidade de intermodalidade do nosso escoamento, buscando malhas modais mais eficientes e adequadas a uma nação continental. Partindo dessa estratégia, o Governo, por meio de concessões e privatizações, pode permitir investimentos da iniciativa privada em transportes de baixo custo e com capacidade de locomover volumosas cargas. Dessa forma, há duas alternativas adequadas ao país: hidrovia e ferrovia. A primeira, além de ter o custo médio km/toneladas baixo, permite explorar o potencial de nossas bacias hidrográficas. Já a segunda, conveniente aos transportes de cargas pesadas, pode escoar a crescente produção agrícola do interior brasileiro. Além disso, o segundo setor possui maior capacidade de manutenção, visto a cobrança de pedágios e a boa qualidade das estradas privatizadas. Desse modo, investir na intermodalidade integrada é a melhor alternativa para aumentar a eficiência de vazão de nossa produção. À vista disso, o Ministério do Planejamento pode alocar mais recursos para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) a fim de construir mais hidrovias e ferrovias e integrar a matriz de transporte nacional. Além disso, o Ministério dos Transportes deve promover isentivos fiscais e concessões ao setor empresarial com o intuito de aumentar o grau de investimento, a competitividade e baratear a prestação de tais serviços. Dessa maneira, o Brasil tornará seus produtos competitivos e atraentes no mercado internacional. Obs.: não consegui alinhar as margens.