Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Alternativas para o escoamento de produtos no Brasil

Redação enviada em 04/08/2018

A partir da década de 1990, com o fim da União Soviética, estabeleceu-se, no mercado internacional, um novo tipo de modelo econômico e político denominado neoliberalismo. Uma de suas principais características é o modo de produção toyotista, no qual o transporte de mercadorias precisa melhorar a relação entre a distância do escoamento e seu tempo. Todavia, no Brasil, esse princípio não é seguido, estabelecendo-se, contudo, problemas de dependência para com o modal rodoviário, como engarrafamentos, acidentes no tráfego e demora de logística. Nesse sentido, são necessárias medidas, por meio do Estado, que busquem a resolução dessa problemática. Primeiramente, é importante destacar a conexão entre o alto custo dos produtos brasileiros e os meios de transporte utilizados. Durante o governo de Juscelino Kubitschek foi criado um rigoroso Plano de Metas, o qual ratificaria o slogan da campanha "50 anos em 5". Um dos principais objetivos desse projeto seria o crescimento do número de autoestradas, visando à integração nacional. Contudo, atualmente, nota-se que a subordinação do transporte perante ao modelo rodoviário aumentou o custo de produção das mercadorias, especialmente dos produtos agrícolas, como a soja. Isso também faz com que a distribuição para o mercado interno se torne mais cara que sua exportação, visto a necessidade de grandes investimentos das indústrias para transportar pelas autopistas. Em segunda análise, verifica-se o baixo desenvolvimento de outros modais de transporte, como o aéreo, o hidroviário e o ferroviário. Apesar de implantada durante a Primeira República, para o escoamento dos cafezais, as ferrovias brasileiras não obtiveram o crescimento necessário para que se tornassem o principal meio de transporte do Brasil, como ocorreu em outros países de grande extensão territorial, como EUA, China e Rússia. Ademais, a grande área litorânea não refletiu no número de portos aptos à exportação, destacando-se somente o Porto de Santos. Já o modo aéreo é utilizado principalmente para a locomoção das chamadas cargas valiosas, como pessoas, novas tecnologias e informação, restringindo-o diante dos produtos de exportação do Brasil. Fica claro, portanto, a forte dependência entre a logística brasileira e as rodovias, além da baixa infraestrutura de outras alternativas para o escoamento. Nesse sentido, é necessário que o Estado, em especial o Ministério do Transporte, invista na construção de novos portos, dada a vasta região apta à hidrovias no país; especializando-se no desenvolvimento de portos secos e do sistema de cabotagem, em que a locomoção é feita entre portos de um mesmo litoral. Para mais, é importante a manutenção da qualidade das autoestradas junto ao atendimento de sindicatos de motorista, por exemplo, a fim de evitar crises e paralisações como a "Greve dos Caminhoneiros", de 2018. Dessa maneira, espera-se que as metas do modelo de produção neoliberal sejam finalmente cumpridas.