O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), João Martins, criticou a logística de escoamentos de produtos brasileiros, a qual é três vezes mais cara que seus concorrentes diretos, Argentina e Estados Unidos. Por isso, torna-se necessária a discussão para que as mercadorias brasileiras permaneçam competitivas no mercado internacional. Os ganhos da produtividade de grãos, por exemplo, são perdidos ao longo dos caminhos. Isso acontece devido às estradas estarem precárias, muitas vezes sem pavimentação e mal conservadas, também por ferrovias inadequadas e por portos congestionados. Além disso, os modais mais indicados para o transporte de commodities são ferroviário e hidroviário, muito utilizados em países de grande extensão como China, Rússia e Estados Unidos, contudo, no Brasil, há o predomínio rodoviário. Em consequência, o Banco Mundial, instituição financeira internacional que efetua empréstimos a países em desenvolvimento, julga essa falta de infraestrutura brasileira como impacto negativo em sua produção. Em vista do que foi mencionado, o Governo Federal junto ao Ministério do Transporte devem investir em mais ferrovias e hidrovias, visando à melhoria do escoamento de produtos brasileiros, diminuindo gastos excessivos por conta do transporte. Dessa forma, as mercadorias manterão seu preço competitivo no mercado internacional.