Ao final da década de cinquenta, Juscelino Kubitschek assumiu o poder do Estado brasileiro e optou por investir no setor de transportes rodoviários para a industrialização do país. Atualmente, percebe-se que essa não foi a melhor escolha para o escoamento de produtos – e até mesmo de pessoas –, devido não somente aos custos existentes, mas, também, à lentidão para entrega. Primeiramente, vale ressaltar o alto preço a ser pago pela construção de rodovias. Tratando-se de economia, custear malhas rodoviárias é mais caro que o meio hidroviário, por exemplo, já que não há a necessidade de obras faraônicas que necessitem constantes reformas, sendo o Brasil “recheado” de rios navegáveis e de pouco uso. Concomitantemente, o custo ambiental também é elevado, pois toneladas de dióxido de carbono são liberados para a atmosfera pela combustão de combustíveis fósseis dos veículos. Por conseguinte, ambos os problemas somados já apresentam a ineficácia desse investimento. Um segundo ponto é a demora até o destino final. Fazendo uma intertextualidade entre a teoria malthusiana e a situação rodoviária, poderia dizer-se que a qualidade das estradas cresce em progressão aritmética, enquanto a quantidade de veículos cresce em progressão geométrica. Situação essa que configura, portanto, o alto fluxo de automóveis e a baixa velocidade das entregas. Observando a difícil conjuntura, são necessárias, destarte, medidas para resolver o impasse. Em curto prazo, há a necessidade de o Governo Federal aplicar verbas, arrecadadas a partir dos impostos já existentes, nos setores ferroviário e hidroviário, para que seja facilitado e acelerado o escoamento de produtos no país, com menos danos ambientais e maior custo-benefício. Em longo prazo, as empresas de transportes poderão utilizar uma integração entre os vários setores, de modo que não permaneçam dependentes de um único.