Foi no governo de Juscelino Kubitschek que o Brasil teve um amplo investimento no modal rodoviário. Apesar desse tipo de transporte possuir benefícios é inviável que o Brasil, um país de proporções continentais, dependa quase que exclusivamente dessa modalidade para o escoamento da produção interna, porque possuem elevados custos de manutenção somados a periculosidade das estradas. Com a recente greve dos caminhoneiros o brasileiro pode perceber o quanto o país depende do transporte rodoviário, não somente para o escoamento da produção interna, mas para a distribuição de praticamente quase todos os produtos essenciais, como alimentos, medicamentos e combustíveis. Algumas das reclamações dessa categoria eram as péssimas condições das estradas e os elevados preços dos combustíveis. Todos esses aspectos penalizam esse modal contribuindo para um elevado valor do frete, desse modo encarecendo o preço final dos produtos e diminuindo a competitividade do Brasil no mercado externo. Um dos agravantes que tornam o escoamento da produção mais cara são os elevados números de roubos de carga. Essa insegurança causa um prejuízo de mais de seis bilhões de reais em todo o país, segundo dados do Sistema Firjan. Uma das soluções seria investir em outros modais, como as ferrovias e hidrovias. Outro entrave é a falta de infraestrutura dos portos, além da burocracia que cria empecilhos e atrasa a exportação. É valido ressaltar, ainda, a falta de portos para o escoamento da produção, visto que o porto de Santos é responsável por um quarto de tudo que o país exporta, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, consequentemente demorando ainda mais para saída dos produtos. Por conseguinte, é primordial que o país tenha alternativas de transporte e não dependa apenas de uma. Nesse sentido, é necessário que o Ministério dos Transportes invista na construção de ferrovias, com bitolas padrão para que os trens consigam movimentar por todas as ferrovias sem nenhum empecilho, objetivando a construção nos estados do centro-oeste, onde há intensa produção agrícola, facilitando seu escoamento. O Ministério ainda pode incentivar os estados a utilizar o transporte hidroviário, criando portos de conexão com outro modal, facilitando o transporte de cargas. Somente com investimentos do setor de transportes o Brasil vai se tornar uma país mais competitivo no mercado externo.