Quase 70% da produção no Brasil é escoada por meio de rodovias, tornando o transporte rodoviário a mais importante forma de transporte de produtos. Entretanto, recentemente os olhos da população e lideranças nacionais voltaram-se para a necessidade de se investir em outras formas de escoamento de produtos frente aos pontos negativos que o transporte rodoviário apresenta. O escoamento rodoviário, mesmo sendo o mais utilizado, possui diversos entraves que dificultam o seu emprego de forma eficiente quando comparado a outras formas de transporte. São eles as jornadas de trabalho exaustivas, a maior exposição a roubo de cargas, a maior probabilidade de acidentes - uma vez que os caminhoneiros dividem espaço com veículos familiares - e a péssima conservação das rodovias por parte da administração pública. Frente a esses problemas, tornou-se clara a necessidade de se investir em outras formas de escoamento da produção nacional. Com um litoral extenso e diversas trajetórias hídricas no Brasil, o transporte hidroviário apresenta bom potencial para suprir a necessidade de escoamento. De mesma forma, com uma maior capacidade de carga, menor consumo de combustível e menor risco de roubo, o transporte rodoviário pode enriquecer o leque de meios de escoamento de produção. Portanto percebe-se que diversificar mais os meios de escoamento de produtos constitui a principal ferramenta para desafogar o transporte rodoviário, que atualmente encontra-se saturado e possui diversos entraves. Para enriquecer o leque de alternativas cabe ao poder público e à iniciativa privada investir mais em hidrovias e ferrovias como formas de escoamento da produção nacional. Investindo nesses meios de transporte é possível tornar o escoamento de produtos mais acessível, barato e seguro, garantindo que a produção de nosso país não fique presa atrás das porteiras.