Durante o século XX, houve uma explosão demográfica decorrente dos avanços tecnológicos da época. Por conseguinte, a demanda por alimentos aumentou exponencialmente e foi, eventualmente, atendida por meio de inovações na agropecuária. Contudo, países com alta produção agrícola e com déficit de infraestrutura, como o Brasil, enfrentam um sério problema para escoar esses produtos. Primeiramente, cabe ressaltar que a o problema de escoamento é, intrinsecamente, um problema de logística. O transporte dos produtos é, majoritariamente, feito por caminhões em rodovias em péssimas condições, das quais, 87% são de pista simples e 40% não tem acostamento, segundo levantamentos feitos pela Confederação Nacional de Transportes. Além da falta de infraestrutura, o sistema brasileiro de escoamento de produtos é refém de apenas um meio de transporte: os caminhões. Essa falta de exploração dos meios hidro e ferroviário ficou escancarada em junho de 2018, em decorrência da paralisação dos caminhoneiros, quando diversos produtos tiveram sua entrega interrompida. Portanto, medidas precisam ser tomadas para resolver o impasse. Cabe à Agência Nacional de Transportes Terrestres, em parceria com os governos estaduais, promover a construção e revitalização de ferrovias, principalmente as que ligam centros produtores até portos no litoral, oferecendo subsídios para empresas especializadas na construção de ferrovias e para a compra de trens de carga. Dessa maneira, haveria um desafogamento das rodovias, consequentemente, um menor desgaste das mesmas e, ainda por cima, um escoamento mais barato para as produções.