No Brasil, o crescimento exponencial de investimentos no setor rodoviário remonta o período da ditadura militar, com a construção da rodovia transamazônica e diversas outras. Nesse sentido, há uma deficiência no escoamento de produtos, revelando a precária estrutura existente no país. Dessa forma, compreender os meandros de tal problemática urge como uma intensa necessidade social, aliás, a obsoleta estrutura de transportes e a falta de investimentos em meios alternativos urgem, indubitavelmente, como canalizadores desse panorama. Em primeiro plano, é preciso relacionar a estrutura de transporte e a deficiência no escoamento de produtos. Possuindo um grande potencial no campo agrícola, o Brasil enfrenta graves problemas no escoamento de mercadorias, rodovias em péssimo estado de conservação são encontradas em todo o território, com trechos de terra e poucos com via duplicada. Nessa perspectiva, convém observar que, segundo o site agronegócios.com, 67% da produção de soja é escoada por meio rodoviário, evidenciando a preocupante dependência no setor. Além disso, é preciso relacionar a falta de investimentos em outros modais de transporte e a causa do problema. Apresentando grandes vantagens, os meios hidroviário e ferroviário são mais rentáveis, possuindo maior capacidade de carga e melhor custo benefício, porém, pouco explorados, devido a interesses na indústria petrolífera e a hierarquia do setor rodoviário. Ademais, para o físico alemão Albert Einsten, insanidade é não fazer mudanças e esperar melhorias, logo, é papel do Governo modificar os meios existentes. Infere-se, portanto, que o Ministério da Fazenda e o Ministério dos Transportes cooperem para criar alternativas para o escoamento de produtos no país. Cabe ao Ministério da Fazenda, investir de forma efetiva em ferrovias e hidrovias, explorando de forma eficiente o potencial brasileiro, com o intuito de diminuir, a longo prazo, o custo de fretes e, aumentar a velocidade de escoamento, visando aumentar os ganhos setor agrícola. Outrossim, é dever do Ministério dos Transportes, em paralelo, reformar os trechos de rodovias que apresentam estado precário de conservação, melhorando assim as condições do modal rodoviário. Assim, o alcance e a eficiência dessas ações serão relevantes conquistas, de modo que exista uma transformação viva, ética e efetiva.