Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. Entretanto, quando se observa o volumoso escoamento de produtos, no Brasil, verifica-se que esse ideal é constatado na teoria e não desejavelmente na prática. Nesse sentido, é indubitável que o desperdício de mercadorias representa um desafio a ser enfrentado de forma organizada e urgente pela contemporaneidade. Dessa forma, convém analisar as principais causas e possíveis soluções para esse impasse. Primordialmente, é controvertível que a questão administrativa esteja entre as causas do problema. É indubitável que, no início do século XXI, ainda utilizando sistemas arcaicos de transporte, o Brasil se lançou no cenário internacional com uma das maiores potências agroexportadoras, ocupando o 3º lugar no ranking da Organização Mundial do Comércio, em 2008. Nesse cenário, é importante destacar que grandes nações, como a estadunidense e a europeia, já não são mais tão dependentes do sistema rodoviário como forma de locomoção de produtos. Essa conjuntura acaba se transformando em uma contribuinte para que a nação não saia da condição de subdesenvolvimento, fragilizando os setores governamentais do país. Outrossim, destaca-se a falta de sensatez como outra impulsionadora da problemática. De acordo com João Bosco da Silva, a responsabilidade social significa um dos compromissos com a vida. Nessa perspectiva, observa-se que o alto desperdício de produtos rompe com a proposta do economista, haja visto que frente a irresponsabilidade de muitos subentende-se que a sociedade brasileira não se interessa pela preservação da existência humana. Dessa forma, é possível se deparar com roupas, brinquedos, entre outros materiais em lixões que poderiam ser utilizados por pessoas que não possuem o potencial econômico de adquiri-las. Desse modo, é notório que alternativas para o escoamento de produtos necessitam ser encontradas. Portanto, cabe ao Ministério da Fazenda, por meio da implantação de projetos, licitações, planos econômicos, do estímulo ao uso dos novos meios de transporte (ferroviário, fluvial), potencializar a economia nacional sem que haja defluência de produtos, objetivando a saída do subdesenvolvimento ocupada pelo país atualmente. Concerne às famílias, mediante uma boa educação dialética, formar jovens que sejam responsáveis, preservadores do convívio social igualitário, que saibam utilizar as mercadorias de forma correta, sem desperdiça-las, no intuito de mitigar o cenário vigente.