O transporte de mercadorias é um fator de extrema importância para o país, pois é responsável pelo trajeto de produtos, sejam eles vendidos ou comprados, aos devidos destinatários, gerando lucro e mantendo a economia nacional normalizada. Entretanto, alguns problemas, como privilégio a um único setor e precariedade no caminho desses setores, podem comprometer esse trajeto, gerando dificuldades para o pilar econômico nacional. A prioridade dada ao setor rodoviário é uma questão prejudicial que não tem como negar. De acordo com uma pesquisa feita em 2017 pelo Plano Nacional de Logística, cerca de 67% do total de cargas são transportados por caminhões. O argumento utilizado para justificar essa preferência, Guilherme Grandi ,Professor do Departamento de Economia da USP, é a praticidade e facilidade que essas máquinas possuem em relação aos outros setores, mas problemas estruturais internos tornam essa vantagem econômica em um certo retrocesso. Por conseguinte, é notório um pensamento iludido de rapidez em relação a uma área que é tão problemática quanto às demais. Outrossim, o desleixo na infraestrutura é outro ponto que contribui para a queda de qualidade do transporte de mercadorias. De acordo com a Confederação Nacional do Transporte, cerca de 57,3% de rodovias públicas apresentam condições inadequadas de tráfego, isto é, escassez no pavimento, sinalizações e na geometria. Esses problemas aumentam o custo do transporte, comprometem a segurança do trajeto e contribuem para um aumento tributário sob a mercadoria atrasada. Portanto, é indubitável a seriedade desse problema e o que ele vem causando para a área econômica. É evidente, portanto, que medidas devem ser tomadas para resolver esses entraves. O governo pode investir em outros setores de transporte, como o Hidroviário e o Ferroviário, construindo mais pontos de embarque e desembarque de mercadorias e melhorando os existentes, acabando assim com a “prioridade rodoviária”. Os meios de divulgação de informações podem fazer reportagens e campanhas sobre a precariedade das rodovias, gerando assim um apelo popular para a correção desse problema direcionado as autoridades responsáveis por essa área.