Congestionamento. Estresse. Precarização. Esses são problemas inerentes ao principal modal de escoamento de mercadorias do país: o rodoviário. A princípio, o uso das rodovias foi estimulado no governo de Getúlio Vargas, que visava à atração de indústrias e produtores. Dessa maneira, essa forma de locomoção se tornou a principal conexão entre as cidades brasileiras. Assim, sem muitas alternativas, os caminhoneiros precisam passar por grandes dificuldades para chegarem ao seu destino final, o que indica a importância de outros meios de transporte. Primeiramente, há muitos empecilhos para os motoristas que utilizam as estradas para carregamento de produtos. Frequentemente, esses condutores passam longas horas em frente ao volante, o que lhes traz cansaço e falhas em situações de risco. Aliás, esse foi o caso de um caminhão que bateu em uma ambulância na rodovia MS-376 entre Vicentina e Jateí e deixou quatro feridos. Além de que, outro fator que contribui para situações perigosas é a falta de estrutura das estradas, que estão repletas de buracos, de acordo com o presidente da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Paraná (Fetropar), João Batista da Silva. Nesse cenário, certamente a inadequação das rodovias contribui para a ocorrência de acidentes. Logo, é preciso avaliar as precárias condições que os trabalhadores passam para propiciar um ambiente mais seguro a todos. Em uma segunda análise, há algumas alternativas que podem ser positivas para a condução de mercadorias. Esse é o caso do modal ferroviário. A saber, de acordo com o site "G1", os trens podem transportar de uma só vez o que carregam 220 caminhões . Além disso, é mais seguro, polui menos e ainda desafoga o trânsito. Por isso, é uma excelente opção para a mobilidade de cargas. Também, para o urbanista e professor da Mackenzie, Valter Caldana, o país precisa equilibrar a utilização dos modais de transporte, pois, dessa maneira, haveria uma melhora nas condições de vida da população. Fica claro, portanto, que as dificuldades no trabalho dos transportadores de carga podem acarretar riscos nas rodovias, em vista disso, é importante pensar no trem como uma alternativa de locomoção. Para sanar esses problemas, o Ministério do Transporte deve investir na construção e melhorias de ferrovias por meio de parcerias com empresas e verbas de orçamento público, para que mais carga possa ser transportada e menos trânsito seja formado. Ademais, o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão deve verificar se as empresas beneficiadas com o leilão das rodovias estão investindo adequadamente nas vias, a fim de que os caminhões possam transitar de um modo mais seguro para si e para os outros. Somente dessa forma, o Brasil poderá ter uma logística mais adequada de mercadorias.