A partir do século XX, o transporte rodoviário tornou-se o principal meio de deslocamento. Esse acontecimento gerou forte dependência quanto à malha rodoviária brasileira, cuja insuficiente infraestrutura complica o escoamento da produção aos mercados externos e internos. Dito isso, interesses econômicos históricos e a má gestão das estradas são um impasse a necessárias melhorias na matriz de transportes brasileira. Primeiramente, o transporte rodoviário surgiu, em larga escala, no governo de Juscelino Kubistchek devido ao seu Modelo Desenvolvimentista, o qual se baseava em um período de grandes investimentos nas áreas de energia, de indústria e, principalmente, de automóveis. De fato, esses incentivos estrangeiros mudaram a malha de transportes no Brasil, já que JK permitiu a entrada de empresas automobilísticas internacionais. Então, consequentemente, o sistema ferroviário, principal meio de transporte até então, foi substituído pelo Rodoviarismo, o que trouxe dependência desse meio na economia brasileira. Em segundo lugar, o escoamento da produção nacional é feito em rodovias, as quais carecem de suficiente infraestrutura. Isso ocorre devido à má gestão das estradas brasileiras: pistas esburacadas, sem asfalto e a má sinalização noturna, por exemplo, tornam as pistas degradantes, sem condições de trafegabilidade. Assim, impede-se a chegada de produtos agrícolas e industriais tanto ao mercado interno quanto ao externo. Logo, a economia brasileira é afetada, porque 60% da produção do país, de acordo com o IBGE, é transportada em estradas insuficientes e mal estruturadas, o que encarece os serviços e confirma a necessidade de melhorar a matriz de transportes brasileira. Destarte, a matriz de transportes pouco diversificada, baseada em rodovias má geridas, precisa ser reorganizada. Portanto, o Governo Federal, junto às Empresas Privadas, por meio de concessões à iniciativa privada, deve investir- conscientemente e planejadamente- na melhoria da infraestrutura das rodovias brasileiras e na reintegração dos outros meios de escoamento de produtos, como o ferroviário, para tornar a matriz de transportes mais qualificada, diversificada e barata à economia brasileira.