Nos últimos anos a produção agrícola brasileira cresceu aproximadamente 3,5 vezes de acordo com a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e Caribe), mas, os meios de transporte não acompanharam essa evolução. Um grande problema enfrentado pelos produtores brasileiros são as péssimas condições para o escoamento dos produtos, tendo em vista o alto valor cobrado, a baixa qualidade das rodovias e os grandes riscos de terem a carga roubada. Primordialmente, o Brasil tem uma economia com uma grande base agroexportadora, que os produtos se encontram no interior do país e necessitam de transporte até os portos. No entanto, o último grande investimento na construção de novas rodovias aconteceu a mais de 60 anos atrás com Juscelino Kubitschek e se encontram em um péssimo estado de conservação atualmente, além disso, outros meios de transporte, como as ferrovias não contam com investimentos a mais de cem anos, deixando os produtores reféns de uma forma de transporte caro e menos eficiente. Outrossim, vale lembrar que os poderes políticos e econômicos estão intimamente ligados, por conseguinte, setores poderosos da economia, como o automobilístico e petrolífero, usam sua influência política para suprimir qualquer mudança que possa ameaçar seus lucros, dificultando o desenvolvimento das ferrovias e hidrovias, que proporcionam uma economia significativa de combustíveis e maior capacidade de carga. Desse modo, fica claro, portanto, que o Governo Federal deve fazer parcerias público-privadas para realizar um maior investimento em outros meios de transporte mais eficientes, dando subsídios a empresas que construírem e manterem esses meios, como as ferrovias e hidrovias, com o objetivo de diminuir a dependência brasileira nas rodovias. Em consonância disso, a população deve pressionar a classe política por meio de manifestações para que essas mudanças essenciais ao desenvolvimento do país sejam feitas.