No cenário Nacional, o transporte de mercadorias se mostra uma problemática prejudicial ao desenvolvimento do País. Caracterizado pela histórica preferência ao sistema rodoviário em detrimento aos outros modais, o escoamento de cargas no Brasil arca com altos custos. Por outro lado, o potencial natural brasileiro para fazer uso de diferentes formas de entrega é negligenciado pelo poder público. Assim, urgem medidas que revertam essa situação. É notório que a priorização do transporte rodoviário possui raízes históricas e gera problemas que oneram os produtores. Implantado de forma mais contundente em meados do século XX pelo então presidente Juscelino Kubitschek, o rodoviarismo passou a ser o sistema brasileiro de maior importância. Contudo, é sabido que o transporte por caminhões em longas distâncias detém uma relação entre custo e quantidade de carga transportada desvantajoso quando comparada aos sistemas hidroviário e ferroviário . Dessa forma, somado a precariedade das estradas, a rede de rodovias mostra-se desfavorável. Outrossim, percebe-se que, apesar de o Brasil possuir grande potencial para outros meios de transporte, não há investimento efetivo para essa diversificação. Sendo possuidor de uma das mais vastas redes hidrográficas do mundo, o País decresceu os investimentos em hidrovias em mais de 70% nos últimos seis anos segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria. Dados como esse revelam o desinteresse do Estado em diversificar a matriz de transportes e reforçam a tendência à preferência do setor rodoviário, ainda que seja desvantajoso para os produtores nacionais. Tendo em vista a problemática que envolve o escoamento de produtos no Brasil, cabe ao poder público tomar medidas que facilitem o transporte de mercadorias, tornando-as mais competitivas no mercado internacional. Assim, é dever do Ministério dos Transportes construir trechos de hidrovias e ferrovias, captando recursos públicos e da iniciativa privada, para desenvolver esses sistemas e diminuir os custos de entrega. Além disso, cabe ainda a esse órgão manter as rodovias conservadas a fim de evitar prejuízos aos produtores como danos aos veículos, acidentes e atrasos.