O Brasil é um país de dimensões continentais e, por isso, os meios de transportes precisam ser mantidos em bom estado, muitas vezes por distâncias que ultrapassam os milhares de quilômetros, para garantir a eficiência e a rapidez na distribuição de produtos. Em razão disto, há duas principais alternativas para o escoamento de produtos em solo nacional: os transportes ferroviário e hidroviário. O transporte realizado por meio das ferrovias foi implantado no Brasil no estado de São Paulo e tinha como objetivo carregar o café do interior aos portos. Apesar de muito vantajoso em função de seu baixo custo de manutenção e alta capacidade de carga, este modal é sucateado desde a metade do século XX até os dias atuais, resultado da pressão realizada aos políticos por montadoras de veículos que se instalaram no país. Dessa forma, o governo desenvolveu a indústria nacional, mas pagou caro por isso ao "inutilizar" o que seria o mais adequado meio de transporte em solo nacional. Outro aspecto aliado a facilidade de implantação de alternativas para o escoamento de produtos é a rica hidrografia brasileira: o Brasil é um dos únicos países no mundo cujos rios alcançam integralmente o território e seu litoral abrange seu território de norte a sul. Portanto, o transporte hidroviário apresenta baixos cursos de implementação, visto que não há necessidade da criação de canais ou desvio de cursos de rios e ainda raramente necessita de manutenção. Logo, para sanar o problema do escoamento de produtos no Brasil, o Governo Federal deve investir nas três modalidades mencionadas, para viabilizar o transporte intermodal, que utiliza diferentes meios de transportes a fim de acelerar e baratear o processo de deslocamento de produtos em todo o território. Tais medidas devem ser tomadas por meio do direcionamento de verbas para o setor dos transportes públicos.