No governo de Juscelino Kubitschek foi expressivo o incentivo ao modal rodoviário, por meio da construção de rodovias e da compra de automóveis. Hodiernamente, o Brasil sofre as consequências de atos de outrora, pela infraestrutura histórica vigente, que implica até mesmo na dificuldade de escoamento de produtos. Afinal, a grande dependência de um modal tem resultado em perdas, fazendo-se necessárias mudanças urgentes. Em um evento, João Martins, presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária no Brasil), declarou que o ganho produtivo que é tido é perdido pelos custos elevados de transporte, fazendo referência à produção de transporte de grãos, carnes, dentre outros. De fato, as rodovias, por onde ocorre grande parte desse transporte, se encontram em estado precário, com buracos, falta de sinalização, o que resulta em um encargo maior para as transportadoras, pois cargas e caminhões são danificados. Nesse cenário, urge a mobilização governamental e pública para a manutenção desses espaços. Outrossim , diante do exposto de sobrecarga, que segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT) a utilização de rodovias é entorno de 62%, é preciso se desvencilhar das raízes históricas e vislumbrar a flexibilização dos modais, pelo investimento em ferrovias e hidrovias. Já que, essa é uma realidade presente em países como os Estados Unidos, que possuem um destaque no meio agropecuário semelhante ao do Brasil, e apresentam transporte eficaz em função do investimento massivo em infraestrutura. Dessarte, a conjuntura instaurada se dá por influência do passado e se perpetua pela permissividade no presente. Diante disso, é necessária uma ação conjunta entre todas as esferas do governo, a população, Ministério dos Transportes e agências regulamentadoras como a ANTT (Agência Nacional do Transporte Terrestre), para que, em união, haja o monitoramento frequente das condições das rodovias, bem como, a mobilização para a reestruturação. Ademais, é preciso que haja a realização de fóruns abertos a comunidade, com a reunião de profissionais capacitados, como: geólogos, engenheiros e biólogos, que visem discutir ideias de instauração de novos modais, de forma sustentável e de acordo com as possibilidades presentes em cada região. De maneira que, a realização de todos esses projetos ocorra por meio do subsídio público-privado. Só assim, o país poderá alcançar uma perspectiva melhor do que a atual.