Com 1,8 milhões de quilômetros, as estradas são as principais responsáveis pelo escoamento de produtos no Brasil, com cerca de 60% da movimentação por modal rodoviário. Entretanto, por ser de baixa eficiência para grandes volumes e longas distâncias, apresenta, ainda, condições precárias para circulação de mercadorias, bem como, maior custo de energia e combustível. Dessa forma, alternativas para o escoamento de produtos no Brasil devem ser analisadas. Primeiramente, dentro da história, cabe lembrar dos primeiros investimentos no modal rodoviário brasileiro. O governo de Washington Luís, na década de 1920, foi o primeiro a investir, seguido dos governos de Getúlio Vargas e Gaspar Dutra, chegando até Juscelino Kubitschek, em 1961. Em contraste, nos dias atuais, a falta de manutenção e novos investimentos, infelizmente, leva as rodovias a condições precárias, com falta de sinalizações e de vias de mão dupla, encarecendo, assim, o frete e aumentando o risco de perdas e roubos de mercadorias. Ademais, apesar das ferrovias e hidrovias serem uma alternativa para o escoamento, ainda há falta de condições adequadas e investimentos para a utilização. De acordo com o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Trasportes), as ferrovias e as hidrovias deveriam ser as principais modalidades utilizadas para frete de cargas pesadas, isso porque diminuiria o custo do frete, teria boa logística, diminuiria os impactos ambientais - no caso da hidrovia - e seria uma saída para o "afogamento" nas rodovias. Todavia, como fator limitante, os altos custos de implantação dos modais citados, a diferença de bitolas nas ferrovias e a falta de infraestrutura portuária, infelizmente, leva o escoamento para as rodovias. Logo, fica clara, portanto, a necessidade de mudanças. O governo, juntamente com iniciativa privada, deve implementar ações estruturais, afim de melhorar a infraestrutura portuária, aumentando o fluxo de carga por modal hidroviário, diminuindo impactos ambientais e diminuindo o fluxo de carga nas estradas. Além disso, a aprovação de leis para a reconstrução e ampliação da malha rodoviária garantirá o aumento de fluxo interno no país, assim como a diminuição de gastos com fretes. Ainda, além de grandes investimentos em ferrovias e hidrovias, o modal rodoviário deve receber manutenção, afim de melhorar a qualidade das estradas e essas serem usadas estrategicamente interligando os outros modais citados. Como resultado, o Brasil "desafogará" as rodovias e encontrará alternativas para baratear os custos do transporte.