Título da redação:

A dependência das rodovias e os reflexos da escassez de alternatividade.

Tema de redação: Alternativas para o escoamento de produtos no Brasil

Redação enviada em 07/10/2018

Com a intensa produção agrícola brasileira, principalmente de soja e feijão, o Brasil tornou-se referência mundial no comércio da agricultura. Entretanto, o país tem passado sérios problemas para o transporte e escoamento dos produtos até os portos, o que de certa forma, gera altos gastos, lentidão no deslocamento e na espera e perda da competitividade no exterior, refletindo assim na precariedade de investimentos de malhas alternativas. Durante muito tempo, o transporte rodoviário brasileiro foi o mais utilizado e investido, principalmente durante o governo de Juscelino Kubitschek e, até hoje, esse tipo de deslocamento prevalece. Devido ao pouco investimento em transporte intermodal isso pondera na política de beneficiamento de indústrias asfálticas, e o carecimento ou até pouca prioridade em hidrovias e ferrovias, por exemplo, gera crises em proporção nacional, pois caso não exista pavimentação ou via duplicada, o transporte, o sistema e a logística se comprometem e os impactos são sentidos. A Amazônia juntamente com o Norte são os principais locais que possuem difícil acesso ao interior em virtude de estradas comprometidas e o não aproveitamento de outra alternativa de transporte viável ao lugar, como o hidroviário. Além do mais, o carecimento de outras formas de deslocamento faz com que ocorram vastos desperdícios agrícolas nas estradas, ineficiência no tempo de transporte até a embarcação que, como resultado, os dias perdidos geram lentidão no processo, riscos ao motorista e caga, como, também, reflete na vida urbana. Esse reflexo na cidade gera, por muitas vezes, aumento no preço dos produtos e a ausência deles devido ao não investimento em transporte alternativo, como ocorreu na Greve dos Caminhoneiros. Sendo assim, é notório que o Brasil precisa investir na intermodalidade. Para isso, é necessário que a população cobre aos governantes por meio de petições direcionadas às prefeituras e Ministério do Transporte investimentos em hidrovias e ferrovias, a fim de dinamizar a circulação e acesso as mercadorias para que o país não possa depender exclusivamente de rodovias.