A violência infantil é um dos casos mais recorrentes na sociedade brasileira. Sua propagação se deve a um fator cultural, corroborando com a continuidade dessa questão. No entanto, é justo considerar que há meios de se combater essa problemática, por mais que elas não estejam sendo averiguadas e utilizadas da maneira adequada. Bem como foi dito por Kant, a humanidade é aquilo que a educação faz dela. Por essa perspectiva, a questão cultural passa a ser um ponto de fundamentação da agressão infantil, em que a pessoa deixa de ter noção do quão perigoso pode ser agredir uma criança e passa a observar todo esse ato como uma atitude normal para a formação educacional do menor. Com isso, gradualmente, as pessoas vão denunciando menos, fazendo com que essa ação se propague de geração a geração. Outrossim, o filme frânces do século XX, "Les quatre cents coups", trás à tona a forma como eram tratadas as crianças da década de 60. Essa retratação crítica, levando em conta a época em que foi feita, demonstra ser uma reta fora do padrão – uma vez que a população da época não tinha o costume de criticar esse método de criação. Análogo a isso, a questão temática permanece sendo algo incomum, justamente pelo pouco espaço dado pela mídia para discuti-lo e combatê-lo. Dessa maneira, a população acaba por ficar desestimulada a compreender os riscos dessa ação justamente pela sua escassa problematização nos meios de comunicação. Faz-se necessário, portanto, que haja um maior esforço para tornar esse combate mais evidente na sociedade. Em primeiro lugar, é importante que a mídia trabalhe de modo a disseminar essa violência. Propagandas, criação de curta-metragens e documentários são algumas de suas possibilidades viáveis para contribuir com a luta. Ademais, as próprias ONG's que apoiam o combate a esses atos precisam se empenhar, por meio de palestras nas ruas e passeatas, tornando o problema menos recorrente na sociedade. Só tendo essas iniciativas, esse costume mantido por séculos poderá ser combatido com maior eficácia no Brasil.