No limiar do século XXI, a violência infantil ainda persiste em meio à sociedade contemporânea. Essa problemática tem raízes históricas, visto que, o pensamento patriarcal - produto cultural de séculos de transformações sociais- enaltece a figura masculina e torna mulheres e crianças passíveis de castigos físicos e psicológicos. Dessa forma, faz-se necessário uma mudança cultural e legislativa, a fim de minimizar a violência infantil no Brasil. Nesse sentido, a mudança de pensamento na sociedade brasileira sobre a violência contra crianças e adolescentes é fundamental para que os casos de violência infantil diminuam. Segundo a Secretaria de Direitos Humanos, cerca de 70% dos casos são de violência doméstica, o que agrava o problema, tendo em vista que os agressores são, na maioria das vezes, os próprios pais das vítimas. Somado a isso, as vítimas da violência – seja ela física, sexual, psicológica- tendem a adotar esse comportamento e praticá-lo no futuro, perpetuando gradativamente o problema. Tais praticas trazem sérias consequências ao desenvolvimento da vítima, que pode passar a ter dificuldade no aprendizado, baixa autoestima e depressão. Logo, os jovens, que são o futuro da nação, precisam ter seus direitos garantidos com mais efetividade. Sendo assim, é necessário o aprimoramento do Estatuto da Criança e do Adolescente, com a criação de locais para o recebimento das vítimas e o atendimento telefônico, com o intuito de acolher e dar assistência às crianças agredidas. O Poder Legislativo, por sua vez, deve inserir mais rigor nas punições aos agressores, aumentando a pena para o crime. Ademais, as escolas através de campanhas de conscientização, devem, por meio de palestras, informar aos jovens seus direitos para assim diminuir a situação de vulnerabilidade diante de qualquer violência.