Durante o século XX, acreditava-se no uso da violência como método educativo. Dentro de sala de aula era comum que os professores punissem fisicamente um aluno que apresentasse mau comportamento, com o uso da palmatória, por exemplo. Já nos dias atuas, apesar de práticas como essa serem consideradas crime, ainda há quem utilize da violência dentro de casa, o que induz à necessidade de ações governamentais que visem o seu combate. De acordo com a Flacso, Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, ao menos 97.976 crianças vítimas de violência foram atendidas, no Brasil, em 2014. Esses dados, apesar de alarmantes, não representam a realidade brasileira na medida em que há um grande número de vítimas que não têm seus casos denunciados, visto que as agressões partem, na maior parte, dos próprios pais. Por isso, pessoas ligadas à família acabam, muitas vezes, se omitindo diante dos abusos. Essas situações de violência podem gerar consequências duradouras para a vida do indivíduo. Segundo Freud, em sua teoria de Psicanálise, durante a infância, principalmente de 1 aos 6 anos, o inconsciente da criança gera traumas a partir das situações vividas por ela. Esses traumas afetam sua personalidade e podem causar problemas psicológicos, como insegurança e baixa autoestima. Consequentemente, uma suposta educação baseada em agressões afetará negativamente a vida da pessoa. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. O Governo, por meio de parcerias com a iniciativa privada, deveria aumentar o número de psicólogos disponíveis na rede pública. Esses profissionais atenderiam não somente os jovens mas também suas famílias, caso fosse necessário. Além disso, o MEC deveria fornecer palestras nas escolas visando esclarecer aos pais que não se educa por meio de violência e que trata-se de um crime, disponibilizando o número do disque-denúncia. Dessa forma, os casos de violência infantil tenderiam a diminuir.