Em uma das recorrentes passagens do gibi “Kingsman”, o adolescente Gary, frequentemente, sofre com o comportamento abusivo e violento do seu padrasto. Fora dos quadrinhos, o ataque a vida infantil continua sendo uma realidade no Brasil, tornando necessária, portanto, tomar medidas que resolvam esse impasse. Segundo um artigo veiculado pelo jornal “G1”, o Unicef estima que a cada um hora uma criança ou adolescente morre espancado, queimado ou por contínuo abuso sexual. Isso se deve a uma herança patriarcal que, por sua vez, foi estabelecida desde o Brasil colônia, cabendo a capacidade de julgamento da família à figura do pai e, dessa maneira, agir do modo que lhe for mais persuasivo. Machado de Assis, famoso escritor brasileiro, cita em uma de suas obras que somente uma pessoa que padece a dor da violência, pode avaliar o seu dano. Nesse viés, cumpre salientar as cicatrizes invisíveis a olho nu, além das marcas na tez, o abuso de poder gera consequência psicológicas, bem como o isolamento social, aspereza e o gradativo declive de interesse pela vida. Ademais, diversos problemas dificultam a resolução desse impasse. Devido ao medo do agressor e por não saber como proceder nesses casos, a vítima acaba perpetuando os abusos e agressões. Destarte, através dos elementos supracitados, torna-se evidente, portanto, mitigar essa problemática. O Ministério de Defesa, em consonância com o Ministério da Justiça devem promover campanhas e palestras, a fim de elucidar essa realidade e ensinar como agir diante desses casos. Paralelamente, a Polícia Civil necessita criar uma ouvidoria online, com o objetivo de que as denúncias possam ser feitas com mais facilidade. Ademais, o MEC deve disponibilizar psicólogos nas escolas, com o fito de debater essa temática e atentar a possíveis ocorrências que se enquadram nessa mazela.