O assíduo debate sobre a violação da integridade física na infância evidencia um problema já enraizado na sociedade brasileira, a violência contra a criança. Essa realidade, muitas vezes, culmina em problemas de ordem física e psicológica, o que mostra a necessidade de mudança. Historicamente, a palmada aplicada pelos pais a seus filhos, é utilizada como forma de punição e disciplinação. Entretanto, ações desse tipo são apelativas e podem ferir a moral do indivíduo, bem como, causar danos irreversíveis à ele. Nesse contexto, destaca-se o caso do menino Bernardo Boldrini, morto pelos seus pais em 2014, acontecimento esse, que resultou na criação da Lei da Palmada, com o objetivo de garantir à criança uma educação livre de agressões. Nessa lógica, o filósofo Sócrates afirma que "Aquele a quem a palavra não educar, o pau não educará". Apesar da criação da Lei da Palmada, muitos ainda são os desafios enfrentados para cessar com a violência à criança. Enquadra-se nisso, atitude de muitos pais, que acreditam que o meio mais fácil para alcançar a obediência é o castigo físico, pois impõe uma hierarquia. Essa crença se deve à falta de paciência dos pais e familiares, resultado da dinâmica do estado capitalista atual, no qual as pessoas têm cada vez menos tempo de se relacionarem com a família. Isso comprova, então, que as agressões à esses inocentes só tende aumentar, mesmo já existindo uma lei em oposição a isso. Logo, é notável a necessidade da se efetivar a Lei da Palmada. Para isso, é necessária que o Governo, em parceria com a Mídia, divulgue campanhas publicitarias de conscientização sobre educação familiar e, também, a importância de se denunciar casos de violência. Ademais, é importante que as Instituições de Ensino proporcionem palestras, aos pais dos alunos sobre a Lei da Palmada e sua importância para o bem-estar da criança e do futuro da sociedade.