Desde muito tempo a violência contra crianças e adolescentes está enraizada na sociedade brasileira. As diversas formas de agressão contra menores deram-se a partir da colonização, quando, por meio do tráfico de escravos as crianças filhas dos escravos eram vistas como mercadoria e postas a venda, sendo posse dos que a compravam, tidas para trabalhar e castigadas caso não fizessem o que lhe eram mandadas. Além disso, a maneira com que a sociedade estava organizada na época também influencia no tema, o patriarcalismo, visando pregar a autoridade por meio da força, contribui para esse aspecto. Porém, com o decorrer do tempo criaram-se variadas normas e leis para amenizar tal situação. Com a frequente ocorrência de violação dos direitos da criança e do adolescente, estima-se, pelo Ministério da Saúde, apenas no ano de 2014, cerca de 100000 menores de idade foram atendidos nas instituições destinadas a saúde, vítimas de violência física, sexual, e abandono. Tendo em vista esses dados ratificaram-se leis para a conservação dos direitos de jovens e crianças, fazendo parte do ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente, emenda constitucional para assegurar os direitos deles. Mediante o pensamento do fundador da psicanálise Sigmund Freud, os traumas ocorridos na infância levam comportamentos anormais aos futuros adultos, desta maneira, as violências sofridas pelas crianças as prejudicaram nas relações interpessoais, de aprendizagem, desenvolvendo transtornos psicológicos, e neuroses, levando-as a atitudes referentes à situação vivenciada no desenvolvimento e formação de personalidade deles. Criaram-se dessa forma métodos desenvolvidos pela psicanálise para diminuir os comportamentos inaceitáveis consequentes das passagens infantis, como a associação livre. Apresentado tal problema, o Governo Federal, por meio do Poder Judiciário deverá fiscalizar se as leis formadas para proteger as crianças e adolescentes estão sendo cumpridas. Além disso, deve disponibilizar maior acesso, com meios mais eficazes para denúncia e atendimento dos menores que sofrem ou sofreram agressão, melhorando a recepção deles, com atendimento adequado, com médicos psiquiatras prontos para acompanha-los em tratamentos que os ajudaram a superar o episódio, nos hospitais, para, desta forma ter um bom resultado, disponibilizando recursos para tal ser sair daquele âmbito, sentindo-se seguro. Com o atendimento das propostas o empecilho será minimizado.