Título da redação:

O Holocausto Infantil Brasileiro

Tema de redação: Alternativas de combate à violência infantil no Brasil

Redação enviada em 29/04/2017

Em 1941, quando Hitler decidiu executar seu grande plano denominado "A Solução Final", a infantaria nazista não só matou inúmeros idosos, como também crianças, somando cerca de 2 milhões apenas em Auschwitz, além de executarem experimentos médicos brutais com várias delas. Entretanto, não é preciso ir tão longe para perceber que a violência infantil continua sendo um problema até os dias atuais, principalmente no Brasil. Seja pela perpetuação da violência dos pais de gerações passadas, seja pelas falhas nas leis de proteção às vítimas. De acordo com um estudo elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flasco), foram registrados cerca de 97.976 atendimentos médicos em 2014, decorrentes de violência infantil no Brasil. Um dos motivos pelos quais isso deve ter ocorrido, é a violência dos pais transmitidas de geração para geração. Segundo Émile Durckheim, sociólogo francês, o fato social é uma maneira coletiva de pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Nesse sentido, se os pais educam seus filhos com violência doméstica, quando eles crescerem e tiverem filhos, também os educarão da mesma forma. Desse modo, é necessário que o Conselho Tutelar crie grupos fiscalizadores para entrevistarem, de forma passiva, as crianças nas escolas afim de atenuar o problema. Outrossim, é indubitável que as leis criadas afim de propiciar proteção às vítimas de violência infantil, são de fato um grande progresso. Entretanto, existem falhas significativas que são difíceis de serem preenchidas. Segundo Martin Heidegger, filósofo alemão, o medo nos convida a viver na impropriedade. Dessa forma, se a vítima for coagida a permanecer neutra devido à ameaças, ela o fará sem pensar duas vezes e continuará sofrendo violência. A violência infantil, portanto, tornou-se um grande problema no Brasil devido a perpetuação da violência paterna e às falhas nas leis de proteção às vítimas. Sendo assim, é necessário que alguns órgãos públicos tomem medidas para resolver o problema. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), deveria fazer parcerias com algumas redes de TV aberta (Globo, SBT, Record, Band), criando propagandas, transmitidas em horário nobre, com o objetivo de incentivar a denúncia por parte da família e vizinhos. Ademais, o MEC deveria também formular folhetos informativos com o intuito de informar aos alunos de todo o Brasil o que é violência infantil e como denunciá-la, para que a criança (ou adolescente) se sinta mais motivada e segura para conversar a respeito com seu(ua) professor(a).