Título da redação:

O fim de uma era aproxima-se

Tema de redação: Alternativas de combate à violência infantil no Brasil

Redação enviada em 04/05/2017

Historicamente, o uso da violência esteve atrelado ao processo educacional nas famílias. Contudo, desde a morte do menino Bernardo Boldrini devido à agressão física, o Estado passou a procurar meios de combate à violência infantil. Essa por sua vez, encontra-se enraizada culturalmente na sociedade brasileira, que pode levar a formação de uma personalidade violenta dos filhos. Resta saber se tais meios serão desenvolvidos no combate a essa violência. Em primeiro lugar, observa-se um costume intrínseco no brasileiro do uso da violência como método educativo. Segundo a matéria do jornal Folha de São Paulo, há em média 129 denúncias diárias contra a violência infantil pelo Disk100. Isso pode ser percebido na necessidade da criação de leis para conter essa violência praticada pelos pais principalmente, como a Lei do Menino Bernardo. Desse modo, pode-se perceber uma falha na fiscalização dessas leis, permitindo a continuidade das agressões infantis. Por conseguinte, com as agressões físicas, mais comuns, podem ser formadas personalidades violentas nos filhos. De acordo com a jornalista norte americana Lionel Shriver: “Tudo o que a violência faz é ensinar a criança que a força física é um método aceitável de obter o que se quer”. Na sociedade, isso é visto pela continuidade das agressões às crianças, nas famílias, como a “surra”, e fora delas, como a pedofilia, haja vista que também ocorre no ambiente familiar. Sendo assim, as vítimas necessitam de apoio do Estado e da família, a fim de que essa cultura seja cessada no Brasil. Nesse contexto, portanto, o Estado precisa ser mais ativo na proteção das vítimas. Nesse sentido, o Poder Legislativo deve aperfeiçoar as leis já existentes, com uma maior fiscalização, permitindo que as escolas de ensino básico sejam os agentes fiscalizadores, por meio dos professores, através da observação e interação com as crianças, e os psicólogos escolares, pelo entendimento e denúncia da agressão. Outrossim, a mídia propagandística e de entretenimento podem incentivar a denúncia e a busca de outros meios educacionais, como o diálogo e o castigo, além de exibir as possíveis consequências da violência. Por fim, o Estatuto da Criança e do Adolescente, juntamente com a Polícia Militar, devem estabelecer delegacias especializadas em todas as capitais e cidades adjacentes, expandindo progressivamente para o interior, a fim de garantir os direitos das vítimas. Feito isso, a violência infantil será combatida no Brasil.