É possível afirmar que há, na contemporaneidade brasileira, predomínio da violência infantil. Nesse viés, tal imoralidade é designada pelo Governo Federal como crime de ódio, o qual perpetua-se, primordialmente, na forma de estupro e de violência psicológica. Com essa percepção, é indubitável discutir-se acerca da problemática. A priori, de acordo com Zygmunt Bauman, vivemos numa modernidade líquida, a qual possuí volatilidade entre as relações sociais, manifestando-se no aumento do individualismo e, por conseguinte, na diminuição da coletividade. Desse modo, a violência física persiste, ocorrendo,sobretudo, pela família da vítima, que a fere integramente e prejudica seu discernimento crítico sobre a vida. Tendo em vista essa perspectiva, crianças e adolescentes tem medo de denunciar o agressor, não só pela sua intimidação, mas também pela precária situação governamental ao tratar-se do crime hediondo infantil. A posteriori, segundo Machado de Assis, em sua obra Memórias póstumas de Brás Cubas, havia, no século XVIII, hipocrisia social aliada ao preconceito. O pensamento machadiano ainda pode fazer-se presente atualmente, uma vez que, tais desrespeitos são utilizados para inferiorizar muitos. Nesse contexto, a violência psicológica ocorre, principalmente, no ambiente escolar, onde possuí-se o bullying como mecanismo de intimidação,intrisecamente, ligado ao preconceito para denegrir a imagem da vítima. Com isso, há predominância da depressão por jovens devido a esse crime de ódio, o qual prejudica-o no que tange o seu direito de liberdade de expressão, configurado pelo Constituição Brasileira. Entende-se,portanto, que faz-se necessário alternativas de combate à violência infantil. Em primeiro plano, o Poder Legislativo deve revigorar as leis de crime de ódio e do crime hediondo a fim de preservar a integridade da vítima. Em segundo plano, o Ministério da Educação precisa aplicar aulas de Ciências Sociais à grade escolar, visando fortalecer a racionalização crítica e moral dos estudantes acerca de seus direitos. Outrossim, a sociedade necessita utilizar as redes sociais para criar-se palestras que debatam sobre a agressão infantil e de como abrandá-la, garantindo amenização da criminalidade. Somente assim, a modernidade,considerada fluída por Bauman, terá sua devida solidez.