Título da redação:

Equilíbrio Aristotélico: do núcleo social ao familiar

Tema de redação: Alternativas de combate à violência infantil no Brasil

Redação enviada em 12/05/2017

Sob o prisma semântico, a palavra “educar” tomou um rumo errôneo na sociedade brasileira, que por sua vez tornou-se significado do autoritarismo exacerbado de pais que usam da violência para punir seus filhos. Tal contexto social, foi consolidado na vigente conjuntura; seja pela sucessão de uma base educacional, seja pela carência de acompanhamento psicopedagógico fora do núcleo familiar. De acordo com o ideal do estadista francês Anne Turgot: “o despotismo perpetua a ignorância e a ignorância perpetua o despotismo”; dito isso, a manifestação de autoridade que tende à opressão infantil torna-se um “fato social” que conforme Durkheim é a maneira de agir e pensar de um grupo, sendo assim, a criança que vive em uma família com esse comportamento tende a adotá-lo pela vivência, o perpetuando geração a geração. Além disso, cabe ressaltar a inexistência de uma orientação psicológica nas escolas, para que crianças violentadas expressem seu sofrimento do âmbito familiar a um profissional; bem como não há palestras aos pais, nem assistentes sociais que façam um acompanhamento doméstico. Sendo assim, o equilíbrio proposto por Aristóteles, que se estende do corpo social ao doméstico, torna-se inatingível, senão por intervenções de outrem que assumam a função educacional. Em suma, faz-se mister que o Governo Federal através do Ministério da Educação inclua no currículo escolar infanto-juvenil encontros com psicólogos, a fim de crianças e adolescentes encontrem um núcleo confiável para manifestar-se, assim como palestras e cartilhas aos pais para que a base educacional seja modificada; ainda cabe às instituições religiosas realizarem seminários comunitários em prol da conscientização do impasse. Desse modo, gradativamente, a mentalidade será modificada e o núcleo familiar alcançará o equilíbrio proposto por Aristóteles.