Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais é característica da “modernidade líquida” vivida no século XX. A violência infantil no Brasil está construindo jovens transtornados psicologicamente, a escassez nas relações sociais e o maior número de depressivos nessa faixa etária acaba refletindo essa realidade. Primeiramente, ainda existe quem escolha a agressão física para tratar problemas, apesar de primitivo esse ato carrega consigo um peso em sua orbita que há de ser tratado pela sociedade moderna. A agressão física dos pais para com os filhos, mais comumente falando, vai além do físico afetando o psicológico do agredido o tornando sentimentalmente enfraquecido e submisso a outrem ao ser exposto na sociedade. A exemplo disso, o jovem que amadurece tarde excluído da sociedade e realidade ao seu redor Além disso, existe ainda o abuso sexual, originado no sentimento de dominância do agressor sobre o enteado tornando-se assim mais firme e de difícil tratamento na sociedade devido as circunstâncias de anonimato na qual é rodeado. Apesar da existência de leis que protejam vítimas de abusos sexuais evitando comunicação com o agressor, fatores como, ameaças psicológicas e físicas em caso de delação ganham forças por estarem se tratando de indefesos. Independente do tipo de agressão, seja física ou sexual, as marcas psicológicas se farão eternamente presentes e levadas no decorrer da vida. O combate à liquidez citada inicialmente, a fim de conter o avanço da violência infantil criadora de jovens mentalmente afetados e fisicamente marcados, deve tornar-se efetivo uma vez que haja diálogo entre pais e filho e que esteja clara a ideia de que o abusado tem alternativas. Torna-se evidente, portanto, a participação da mídia na transmissão por meio de propagandas de relatos reais e que obtiveram resultados tomada a iniciativa da vítima. Ainda assim, a Escola promover a ideia de diálogo entre a família com panfletos e atrativos escolares. Somente com o poder de expressão construir-se-á uma geração menos liquida socialmente.