Título da redação:

Educação ou imposição do medo

Tema de redação: Alternativas de combate à violência infantil no Brasil

Redação enviada em 29/04/2017

A concepção de agressões física e psicológicas com caráter educacional está intrinsecamente difundida em grande parte da sociedade atual. Não somente nas casas, mas a falsa liberdade de agressão é percebida em diversos âmbitos sociais, como nas escolas, hospitais psiquiátricos dentre outros. Onde quase sempre os alvos são crianças e adolescentes, frente a falta de resistência às agressões que sofrem. Tal realidade, foi intensificada pelo sistema autoritário da ditadura militar no Brasil, que legitimou a violência como ferramenta moral, e que se faz presente ainda nos costumes de muitos brasileiros. Entretanto, independente de um contexto histórico ou cultural, a violência infantil é uma violação de direitos, e deve-se buscar alternativas contra esta. Percebe-se o consentimento de grande partebda população brasileira, que sustenta a violência como meio educacional. Tal pensamento tem prevalência nos indivíduos com idade mais avançada, revelando sua relaçãocom o governo militar imposto entre 1964 e 1985. Dessa forma, a alternativa para tal é a conscientização, em especial de adultos e idosos, sobre a prática de agressões físicas contra os jovens, e as consequências de tais atos sobre eles. A violência infantil faz-se presente ainda em instituições escolares e hospitalares, onde são frequentes, agressões contra crianças e adolescentes. Comumente, vê-se casos de violência e abusos por funcionários dessas instituições. As vítimas, intimidadas pelos agressores, e devido à baixa idade, não têm meios para denunciar, revelando assim a fragilidade das leis e órgãos que deveriam oferecer apoio à esses jovens. Conclui-se assim, que a violência infantil ainda está bastante presente na sociedade brasileira, confundindo-se por vezes como traço cultural. Assim, são necessárias medidas alternativas para a redução do número de agressões aos jovens. Como exemplo de tais medidas, pode-se citar a mobilização das escolas, com ajuda dos órgãos públicos de educação, na realização de campanhas que objetivem a conscientização dos pais, quanto ao caráter ilegal das agressões físicas e psicológicas na educação de seus filhos. Além disso, é preciso maior apoio aos jovens, por parte dos sistemas de Justiça, através da criação de canais telecomunicativos voltados especificamente ao atendimento especializado de crianças e adolescentes, vítimas de violência ou abusos.