Título da redação:

Contra a cultura da violência

Tema de redação: Alternativas de combate à violência infantil no Brasil

Redação enviada em 30/05/2017

A violência revela-se um fenômeno disseminado no meio social, sem distinção de gênero, etnia, classe social, religião ou idade. Entretanto, crianças e adolescentes constituem os principais alvos, sendo constantemente vitimizados em suas relações interpessoais. Essas ações violentas podem ocorrer em diversas formas: física, sexual, psicológica, etc. Mas, seja ela qual for, deve ser identificada, notificada e combatida de maneira a evitar sequelas físicas, psíquicas ou emocionais no nosso Brasil de amanhã. Consideradas "banais" ou até mesmo "necessárias" por alguns, pequenas agressões são frequentemente utilizadas como método de correção, uma maneira de mostrar à criança o que é certo e o que é errado; todavia, tal conduta apenas tira a razão dos pais. Afinal, desprovidos de maturidade e discernimento, os pequenos tendem a relacionar sofrimento a uma relação abusiva de poder, em nada aprendendo de fato. Além do mais, filhos costumam a ser o reflexo de seus responsáveis: se criados na base de palmadas, sem um devido diálogo e entendimento da repreensão, terão predisposição a tornarem-se adultos de comportamento hostil e destrutivo. Outros fatores que devem ser levados em consideração são aqueles tipos de violência que não necessariamente deixam marcas na pele. Agressões psicológicas são mais subjetivas e de difícil percepção, sendo, portanto, negligenciadas até por quem sofre. É caracterizada por qualquer conduta danosa emocionalmente, que cause baixa autoestima ou prejudique o pleno desenvolvimento do indivíduo. Ocorre em forma de chantagem, bullying, humilhação, manipulação, perseguição, dentre tantas; e é uma ofensiva tão grave quanto qualquer outra, podendo causar depressão, ansiedade, risco de suicídio, dificuldade de formar vínculos e/ou abuso de substâncias. Para chamar atenção a essa cruel realidade, é preciso conscientizar a sociedade através de oficinas, palestras, encontros de caráter sócio-educativo, promovidos pelas prefeituras de cada município. Capacitar não só a população em geral como também profissionais da saúde, educação e assistência social para identificar casos de abuso, notificando autoridades competentes e provendo apoio psicológico às vítimas. Em uma comunidade evoluída, não há espaço para essa cultura de pura opressão.