Segundo o Estatuto da criança e do adolescente, é dever do Estado e da sociedade proporcionar uma boa qualidade de vida e segurança às crianças. A sua fala precisa ser sua prática, esse era o embasamento da ideia apresentada pelo filósofo Paulo Freire, que frequentemente vem sendo rompida. Atualmente, as palavras escritas nesse Estatuto não estão saindo do papel e quem deveria proteger os pequenos é o mesmo que o abusa violentamente, como forma de um falso meio de educação ou para suprir vontades pessoais. Os adultos são as principais influências das crianças e isso começa, logo cedo, no próprio lar com as interações afetivas que são a base da educação. Um filho educado, obediente e com boas notas na escola é o que todo pai e mãe deseja, mas poucos pais estão dispostos a dar a devida atenção para o fato se concretizar e quando ocorre o contrário alguns optam pela violência, física e verbal, como forma de transformar seus filhos no que desejam. "Temos de nos tornar a mudança que queremos ver"; já afirmava, o Revolucionário Mahatma Gandhi, ou seja , os pais devem educar seu filhos com respeito e cordialidade para transmitirem o mesmo ao seus filhos. Além disso, a violência não é só usada como ferramenta para tentar educar os menores, mas também para suprir os desejos de alguns adultos. Casos como pedofilia e exploração de menores são recorrentes e se enquadram nesse quesito. Esses crimes ocorrem dentro da própria casa do indivíduo ou fora dela, aproveitando-se da fragilidade e inocência do juvenil, com a finalidade de se obter dinheiro usando sua imagem para trazer comoção ao outro ou satisfazendo suas vontades sexuais. A criança, por medo, esconde seu sofrimento e muitas vezes esses delitos só são conhecidos quando um terceiro descobre e decide denunciar, por isso é necessário uma maior preocupação da Justiça brasileira com os menores. Sendo assim, a violência infantil vem sendo adotada como forma de coagir o menor a cumprir as ordens dos adultos ou como ferramenta de disciplina. Para diminuição do problema, o Ministério da justiça deve criar delegacias especializadas contra crimes infantis, para assim investigar mais aprofundadamente tais crimes, colocando seus profissionais para entrarem em contato com os menores, principalmente nos ambientes escolares, através de conversas avaliativas sobre o ambiente em que o jovem se desenvolve e constatando qualquer suspeita entrar em contato com seus responsáveis e se preciso ir até a sua residência para uma maior verificação. Nesse mesmo ritmo os jornais podem apresentar pronunciamento de psicólogos para tratarem da questão da violência infantil, mostrando todos os malefícios da mesma no desenvolvimento da criança e dando melhores soluções para uma educação mais saudável. Assim os meninos e as meninas terão sua inocência preservada como deve ser.